Esqueci o título, mas devia ser algo com Parceirinhos Mirins.
Primeira coisa que tenho de fazer antes de falar bem ou mal deles é contar sua história. Tudo surgiu com o molequinho de sunguinha verde e sapatinhos de duende que ajudava o Batman contra os criminosos na época em que meus avôs ainda pensavam em sacanagem no canavial da Usina Açucareira de Minas Gerais. Robin foi criado em 1940, na edição 38 da revista Dective Comics pelo pivete Jerry Robinson, que também criou o lazarento do Coringa e hoje deve estar lá pela casa dos 70 anos. Foi criado como uma forma de amenizar as histórias do morcegão deixando-as mais humanas, reduzindo a violência, aproximando a pivetada de seu herói ao se identificarem com a figura do parceirinho mirin. Depois disso foi uma febre, surgiu o Centelha para o Tocha Humana, o Bucky para o Capitão América, o Ricardito para o Arqueiro verde e trocentos outros!
Tudo muito bom até que um fiu duma égua, o psicólogo Frederic Whertam, inventar que a molecada estava sendo influenciada negativamente com os parceirinhos mirins, sim, foi esse Zé ruela que inventou que o Batman curtia sentar em cadeira ocupada:
“Algumas vezes, Batman está de cama por causa de algum ferimento. Robin aparece sentado ao seu lado. Eles levam uma vida idílica. Tem um mordomo, Alfred. Batman aparece algumas vezes de roupão. Parece um paraíso, um sonho de consumo de dois homossexuais que vivem juntos. Às vezes aparecem num sofá. Bruce reclinado e Dick ao seu lado sem paletó e de camisa aberta.” Sedução dos Inocentes.
Dizem até que a batmoça e a mulher gato foi introduzidas para negar essa fama ruim, o que não adiantou muito, como bem sabemos. Mas já estou me desviando do assunto, o assunto aqui é parceiros mirins, um dia eu falo da minha teoria sobre o Batman.
Como diria muito bem nosso amigo Algures, a DC Comics trabalha com o conceito de legado, onde os parceiros mirins eventualmente vão substituir os mais velhos. Estes por sua vez inspiram outros a seguirem seus passos. Comportam-se como uma grande família que lidam com o fantástico em suas histórias. Porém, essa editora blefa, pois nunca vai seguir a idéia até o fim, Batman jamais será substituído, os fãs xiitas do personagem nunca deixariam! O mais perto que os parceirinhos chegaram foi na figura dos Novos Titãs de Marv Wolfman e George Perez, onde Robin rompe com Batman tornando-se Asa Noturna, Moça Maravilha vira Tróia e eleva suas histórias desvinculando-as de seus mentores. Atualmente cagaram em tudo deixando os titãs como um clubinho de buchas mirins... Inúteis.
Na Marvel os parceiros mirins já são mais complicados de existirem. Os heróis dessa editora finca sua linha em algo mais intimista, individualista e por que não dizer mais realista. São heróis e as conseqüências de seus atos. Os poucos que existiam sumiram rapidinho por justamente não ter o que fazer no contexto das histórias de seus mentores, Bucky e Centelha foram sepultados depois da segunda guerra, Rick Jones (o mais promíscuo de todos os parceiros do universo), após passar pela mão de quase todo super Herói foi parar em...em...pra onde foi esse cara mesmo? Liderar um bando de heróis adolescentes fracassados! Não, realmente ser parceiro mirim na Marvel não é legal!
Encerro essa quarta feira mostrando minha humilde e correta opinião acerca de heróis Mirins: funcionam muito bem se o autor souber usá-los pelo que eles são: adolescente! Ricardito se envolve com drogas pela falta de atenção que o Arqueiro Verde lhe dava, os Titãs eram realmente um grupo adolescente imperfeitos, cheios de problemas típicos que nós leitores conseguíamos nos identificar instantaneamente, diabos! Quando o Robin comandava os Titãs eu ignorava completamente o fato de que Richard Grayson estava usando sunguinha verde e sapatinhos de duendes!!!
Primeira coisa que tenho de fazer antes de falar bem ou mal deles é contar sua história. Tudo surgiu com o molequinho de sunguinha verde e sapatinhos de duende que ajudava o Batman contra os criminosos na época em que meus avôs ainda pensavam em sacanagem no canavial da Usina Açucareira de Minas Gerais. Robin foi criado em 1940, na edição 38 da revista Dective Comics pelo pivete Jerry Robinson, que também criou o lazarento do Coringa e hoje deve estar lá pela casa dos 70 anos. Foi criado como uma forma de amenizar as histórias do morcegão deixando-as mais humanas, reduzindo a violência, aproximando a pivetada de seu herói ao se identificarem com a figura do parceirinho mirin. Depois disso foi uma febre, surgiu o Centelha para o Tocha Humana, o Bucky para o Capitão América, o Ricardito para o Arqueiro verde e trocentos outros!
Tudo muito bom até que um fiu duma égua, o psicólogo Frederic Whertam, inventar que a molecada estava sendo influenciada negativamente com os parceirinhos mirins, sim, foi esse Zé ruela que inventou que o Batman curtia sentar em cadeira ocupada:
“Algumas vezes, Batman está de cama por causa de algum ferimento. Robin aparece sentado ao seu lado. Eles levam uma vida idílica. Tem um mordomo, Alfred. Batman aparece algumas vezes de roupão. Parece um paraíso, um sonho de consumo de dois homossexuais que vivem juntos. Às vezes aparecem num sofá. Bruce reclinado e Dick ao seu lado sem paletó e de camisa aberta.” Sedução dos Inocentes.
Dizem até que a batmoça e a mulher gato foi introduzidas para negar essa fama ruim, o que não adiantou muito, como bem sabemos. Mas já estou me desviando do assunto, o assunto aqui é parceiros mirins, um dia eu falo da minha teoria sobre o Batman.
Como diria muito bem nosso amigo Algures, a DC Comics trabalha com o conceito de legado, onde os parceiros mirins eventualmente vão substituir os mais velhos. Estes por sua vez inspiram outros a seguirem seus passos. Comportam-se como uma grande família que lidam com o fantástico em suas histórias. Porém, essa editora blefa, pois nunca vai seguir a idéia até o fim, Batman jamais será substituído, os fãs xiitas do personagem nunca deixariam! O mais perto que os parceirinhos chegaram foi na figura dos Novos Titãs de Marv Wolfman e George Perez, onde Robin rompe com Batman tornando-se Asa Noturna, Moça Maravilha vira Tróia e eleva suas histórias desvinculando-as de seus mentores. Atualmente cagaram em tudo deixando os titãs como um clubinho de buchas mirins... Inúteis.
Na Marvel os parceiros mirins já são mais complicados de existirem. Os heróis dessa editora finca sua linha em algo mais intimista, individualista e por que não dizer mais realista. São heróis e as conseqüências de seus atos. Os poucos que existiam sumiram rapidinho por justamente não ter o que fazer no contexto das histórias de seus mentores, Bucky e Centelha foram sepultados depois da segunda guerra, Rick Jones (o mais promíscuo de todos os parceiros do universo), após passar pela mão de quase todo super Herói foi parar em...em...pra onde foi esse cara mesmo? Liderar um bando de heróis adolescentes fracassados! Não, realmente ser parceiro mirim na Marvel não é legal!
Encerro essa quarta feira mostrando minha humilde e correta opinião acerca de heróis Mirins: funcionam muito bem se o autor souber usá-los pelo que eles são: adolescente! Ricardito se envolve com drogas pela falta de atenção que o Arqueiro Verde lhe dava, os Titãs eram realmente um grupo adolescente imperfeitos, cheios de problemas típicos que nós leitores conseguíamos nos identificar instantaneamente, diabos! Quando o Robin comandava os Titãs eu ignorava completamente o fato de que Richard Grayson estava usando sunguinha verde e sapatinhos de duendes!!!
Por Alex Matos
25 comentários:
Primeiro!
Antes de mais nada, devo alertar alguns leitores de que Batman não existe. Sim, eu sei qeu é um choque, mas eu quero evitar que vocês descubram da maneira difícil como aconteceu comigo.
Quando eu tinha 7 anos, eu comecei a ler Novos Titãs, e queria ser o Robin. Tanto que convenci minha mãe a fazer uam roupa (muito fiel por sinal) do persoangem. O problema é que eu realmente queria combater o crime, até um marginal bater em mim. Como o batman não apareceu pra me salvar, não demorei muito pra perceber que ele realmente não existia.
Ah, à propósito, muito boa a matéria, Lock! E valeu pela menção ao meu nome!
Segundo...depois eu leio....é q to 2 dias atrasados no mdm, orkut e uarévaa...
Segundo!
Olha...esticando a história trágica do Algures, eu tive uma fantasia do Zorro...mas ninguém queria ser o meu parceiro na luta contra os "Sargentos Garcias" da vida, como não tive alguém pra chamar de tonto....logo perdeu a graça!
E er...eu não uso sapatinhos de Duende! São horríveis e aperta o dedinho!!
Skrull...seu....seu...tsc...bom eu ainda to no pódium.
Eu gosto muito dos parceiros mirins... Eu adorava os titãs, que estavam bem legais na época que comecei a ler Hqs...
Mas poderia ser muito melhor aproveitado. Os fãs de HQ geralmente nao curtem, mas gosto quando se desenvolve a vida pessoal dos personagens, como erama s histórias do superman na década de 80/90, comhistórias repletas de coadjuvantes e tramas paralelas e não somente pancadaria.
Essa relação mestre/aprendiz, pa/filho poderia ser muito bem aproveitada.
Algures,
Eu já me vesti de Superomem quando era moleque, mas como já era nerd desde aquala época, já sabia que meus poderes só se manifestariam na adolescencia, por isso eu nunca tentei voar! Mas eu tinha meu cão "Bituta" que fazia vezes de Kripto (se bem que ele curtia mais se vestir de Capeto.)
Duende Amarelo,
Já brinquei muito de Zorro com meus amigos imaginários. Um deles se casou na semana passada, foi um festão rapaz!
Novos Titãs (Heróis em Ação Nr 1, tema certo pra um futuro Naftalina meu) me fez entrar para o mundo das HQs de super-heróis.
Apesar disso, com o tempo, passei a não gostar de sidekicks. Que espécie de doente coloca um pivete para enfrentar todo tipo de perigos e vilões ao seu lado?
Se "fantasiar" pra combater o crime não é maluquice suficiente, tem tambem que botar crianças em risco? Hehehe...
Claro que isso é ver as coisas de forma crítica demais, dependendo da revista que se analisa. Pelo que me lembro, passei a pensar assim a partir de Cavaleiro das Trevas e Watchmen, revistas que apareceram com visões mais realistas do que significa ser um vigilante.
Tb gosto do lance de mostar relações de mestre/aprendiz, pai/filho, acho que o maior problema é a banalização disso (são muitos parceiros na DC ) e a falta de profundidade com que isso é feito na maioria das vezes.
Kika,
Cresci lendo Titãs e Homem Aranha, provavelmente foram esses personagens que me educaram, o que ocasionou esse poço de sapiencia que sou hoje! (Se bem que Gar Logan e Peter Parker provavelmente me deixaram com essa mania de fazer piadinha besta quando me sinto inseguro...)
Freud,
Eu não diria época inocente, diria senso de moral diferente. Não vou te chatear com jargões de historiador, mas era uma época onde dizer que seu amigo era "mariquinha" ou chamar um Índio de índio não era errado...
Mas inocente nunca! Afinal os caras segregavam os negros nos fundos dos busões, trancavam a mulherada dentro de casa e as matavam pelo menor sinal de traição!
Como em épocas antigas onde achavam que quanto mais novinha for a menina, melhor esposa ela seria...
Só senso de moral e cultura diferente...
Entendo Lock, mas inocente na forma como os sidekicks foram criados. Na época da invenção disso, entendo que a única motivação era ter heróis juvenis pra gurizada se identificar e comprar mais revistas, não tinha nada da abordagem adulta que tem hj.
Época incente, no contexto geral, nunca existiu, o ser humano sempre fez suas bizarrices e atrocidades.
Só pra esclarecer a quem ler aqui, eu tinha dito que sidekicks são herança de uma época mais inocente, por isso o comentário do Lock e a minha réplica.
O comentário meu que dizia isso eu reescrevi antes de saber que o Lock tava resposndendo e acabei omitindo essa frase. ;)
"Que espécie de doente coloca um pivete para enfrentar todo tipo de perigos e vilões ao seu lado?"
Por isso que a maioria dos sidekicks eram órfãos. Sei que não existia na época uma abordagem mais profunda, mas na minha cabeça, eu sempre entendi que, bem ou mal, a vida deles era melhor assim do que poderia ser. Eles arriscavam a vida, sim, mas contribuiam com a sociedade. Se Bruce wayne não tivesse tomado Dick como pupilo, era bem possível que o garoto, devido à raiva e o trauma, se tornasse futuramente um dos criminosos que o Batman combate. De uma certa maneira, é um pensamento tipo : "Ok, eu vou cuidar de você e te dar tudo, mas você vai lutar ao meu lado porque eu não vou viver pra sempre e quero que alguém um dia me substitua"
E isso é mais realista do que parece; afinal de contas hoje em dia no Braisl quantas ciranças de favela se arriscam ajudando criminosos? e se fosse o contrário? Se o BOPE recrutasse essas crianças para combate ao tráfico? Sei que parece trocar seis por meia dúzia, mas pro próprio garoto de favela é um meio mais digno de se viver do que ser bandido ou viver à margem e morrer por uma bala perdida sem ter feito nada de errado...
Resumindo, ser sidekick é algo como "Tá, é foda, mas podia ser bem pior. O cara que tá me treinando poderia estar me caçando"
Não tinha pensado dessa forma Algures, o que vc falou faz sentido.
Ainda assim, se formos olhar isso de forma realista, o herói poderia ajudar o garoto e ate treinar ele pro futuro, mas não concordo com colocar ele na linha de frente da guerra.
Falando da vida real, claro que os traficantes fazem isso, mas agir exatamente do jeito deles torna os 2 lados iguais, não?
Sempre existe uma forma de ajudar e dar sentido e ocupação a esses jovens, o problema é o descaso total que existe.
Isso aqui está virando um debate sociológico, é isso mesmo?
Uarévaa!!! Kkkkkk....
hehehe
Eu me esqueci de comentar Freud, que eu vejo sidekicks como jovens problemáticos; eles nunca conseguiriam ter uma vida normal, pois sempre teriam grande raiva e ira dentro de si, por isso eles facilmente se tornaria criminosos; o fato deles irem para o front do lado "do bem" é uma forma de canalizar essa raiva que iria acabar consumindo com eles de forma benéfica (vale lembrar que o conceito do herói é justamente surgir de uma tragédia, e se torna herói como forma de transformar esse sentimento ruim em algo benéfico para a sociedade de alguma forma).
Na minha visão, Batman inicialmente pensou em adotar apenas o Robin, mas de alguma forma percebeu que isso não seria o suficente; se Dick não tivesse um objetivo, um foco como ele mesmo teve após a morte dos pais, os resultados poderiam ser catastróficos.
Isso Logo vira uma coluna
"Sociedade Uarévaa"
vai vendo...
Olha,
Em Esparta a criança era arrancada dos braços da mãe e obrigada a treinar até se tornar um soldado fodão. Eram iniciados sexualmente pelo seus tutores, fazim troca troca com seus amiguinhos e gerava aquele problema de ter de obrigar os espartanos a se casarem pois eles não curtiam mulher...
O Que tô dizendo é que concordo com o Freud quando diz que não é legal criança na linha de frente. Concordo também com o Algures no que tange a direcionar a criança evitando tornar-se um criminoso. Mas melhor definição disso eu vi pelo Brubaker sobre o Bucky na segunda guerra: era um mal necessário! Agia como uma forma de propaganda e também como arma secreta, pois muitos subestimavam o parceirinho. É um descaso do tutor? Claro e não aprovo a idéia... mas que rende boas histórias, ah rende!
E no mais... Uarévaa pra vocês!
"Duende Amarelo disse...
Isso Logo vira uma coluna
"Sociedade Uarévaa"
vai vendo..."
Se ficar nesse estilo de debate, tá blz, foda vai ser se cair pro lado "Casos de família"!!!! Hehehehe
Hehehehe! "Buchas mirins inúteis" não é uma redundância?
Falando sério, é a primeira vez que venho aqui e, pelo jeito, vcs conseguiram criar um "ambiente" legal. Parabéns, galera!
Bem, para mi parceiros mirins funcionam bem quando estão em desgraça (como o caso do Ricardito drogado), em dilema contra seu "mentor" (como o Dick algumas vezes com o batman), ou quando se revoltam de vez e se tornam pareas. Mas em geral são só enchimento de linguinça.
Nãos eis e existe alguma HQ assim, mas seria legal ver uma que enfoca-se a história de velhos sidekicks, desde aqueles que se deram bem e viraram heróis até os que foram surrados pelos seus mentores, cairam em desgraça e viraram nada deposi da epoca de heroísmo, mas tudo isso sendo mostrado como uma reportagem.
Alguém sabe se existe algo assim?
"Ok, eu vou cuidar de você e te dar tudo, mas você vai lutar ao meu lado porque eu não vou viver pra sempre e quero que alguém um dia me substitua"
É, se eles assumissem deposid e anos mesmo o lugar de seus mentores seria bom. Mas a DC poderia fazer uma linha de revistas (como a MC2 da Marvel) onde mostra-se no presente os sidekicks nos seus lugares de herdeiros.
David,
Não conheço nenhuma revista específica de ex-parceirinhos mirins, porém conheço a "The Guys" do Gart Ennis cujas edições 5 e 6 focam a história de um homonio do batman e robin, onde na história o parceirinho vira o "asa balançante" após uma traumática experiência sexual... bem no estilo retardado do autor! Infelizmente essa revista não existe no brasil...se vire para achar!
Marcelo,
Como diz o Algures, a DC só blefa! Não sei sua opinião, mas eu acharia batuta demais se eles realmente assumissem essa idéia de legado deles. O único super herói que até agora fez isso foi o Wally West como Flash...
Tá... até tem o Bucky que vai substituir o Capitão América... e isso é spoiler!
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