Por Algures
Sim, você leu certo! Uma edição especial de “O Ser Supremo” escrita por Algures, este que voz fala! Devido à uma dívida de jogo, eu, Alex e Al Lock fizemos um troca-troca (heterossexual) de nossas colunas. E hoje falarei sobre um gênero que rende muitas boas histórias (e muitas ruins também), o Terror.
Embora eu sinta a tentação de aqui falar tudo sobre o gênero (desde à história do terror nos quadrinhos até o terror nos quadrinhos contemporâneos) precisarei me conter, pois é muita coisa e o espaço é curto. Apenas dissertarei de forma rápida sobre o assunto.
Foi no início dos anos 80 que comecei a ler quadrinhos, e duas revistas são responsáveis por isso: Novos Titãs, da DC Comics (qual criança não quer ler sobre heróis adolescentes?) e A tumba de Drácula. Obviamente, eu não comprava a tumba de Drácula, era uma revista muito assustadora (para uma criança de 8, 9 anos da época); quem comprava era minha mãe, que sempre foi grande apreciadora do gênero. Eu, como todo bom nerd, era curioso, e acabei lendo essas histórias que claramente não eram pra mim. E esse foi o meu primeiro contato com o mundo dos quadrinhos de terror.
As editoras mais conhecidas na época eram a EC Comics (que já tinha sido extinta nos EUA, mas que ainda tinha histórias publicadas aqui) e a Bonelli Comics (Italiana). Aqui no Brasil, histórias de terror foram publicadas por diversas editoras, como a Bloch, RGE, Ediouro, EBAL, Record, Vecchi, entre outras.
Para quem quiser conhecer mais sobre os quadrinhos de terror, sua história e sua passagem marcante pelo Brasil, visite o site Nostalgia do Terror, disparado a melhor referência do gênero no país. Histórico, editoras, capas, reportagens, contos, e tudo o que você puder imaginar sobre esse fascinante e assustador universo.
E foi nesse cenário que eu cresci. Lendo, além de histórias de super-herói, histórias de Terror, o que fez eu me tornar um entusiasta dos dois gêneros, motivo pelo qual resolvi fazer este post. Infelizmente, não demorou muito para essas histórias assustadoras serem sepultadas por um terror mais real chamado COMICS CODE. Mas isso é uma outra história.
Curiosidade:
Eugênio Colonnese, um dos grandes nomes do quadrinho de terror no Brasil criou diversos personagens, entre os mais famosos Mirza, a mulher Vampiro, e o Morto do Pântano. No segundo caso, é impressionante a semelhança do personagem com o Monstro do Pântano (DC Comics, EUA) e o Homem-Coisa (Marvel Comics, EUA). Mas, acredite se quiser, o personagem de Colonnese foi criado pelo menos cinco anos antes dos outros dois.
10 comentários:
Primeiro
Falou tudo Algures, terror não é só sustinho meia-tigela. O Zé do caixão ta aí para provar isso, até revista em quadrinhos nas antigas ele teve.
Ah, tá explicado pq tu é assim Rafael. hauhauahuah
Na boa, falou um cara q entende de terror em qualquer mídia.
Vamos torcer para que o novo filme de Lobisomem com o Benicio Del Toro resgate todo esse climão de Terror clássico. Até agora as imagens estão bacanas.
Comentario de Hammer ESPECIAL:
A UARÉVAA gosta de cheirar maconha.
Hammer,
Preferimos injeta-la nos zóio!
Algures,
Show de bola a coluna, suas análises foram do caramba! Sempre torci o nariz pra terror, mas sabe que até que deu uma vontadezinha de ler alguma coisa agora?
A propósito, Tu me deu uma ótima idéia para a coluna da semana seguinte! Valeu amigão!
Boa dissertação sobre o assunto. Eis um gênero que merecia voltar ao mercado nacional.
Jóia.
Zambi
ZÓIO???? DEPOIS CRITIGÃO A MINHAS CALICRAFIAR!!!!!!!!!!!!
Muito boa a matéria e a indicação do site "Nostalgia do terror", que eu conferi e é realmente mto bom.
Falando no Colonese, soube que está nas bancas uma edição nova de Mirza, se não me engano feita por ele com duas estórias inéditas, pretendo comprar. :)
Sua informação procede, Freud, mas vou ficar devendo o nome da publicação...
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