quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Moura em Série

E SE VOCÊ FOSSE O ESCOLHIDO?
Por Jack Starman

Isso ai pessoal, eu estou aqui na coluna do Moura para substituí-lo enquanto ela viaja pelo mundo treinando artes marciais e a mente para um dia se tornar o Cavaleiro Uarévaa e sair dando porrada nos bandidos. Enquanto isso inicio uma série, que espero meus companheiros de blog continuem nas próximas semanas, sobre "séries que me marcaram", aquela série de televisão que ficou em nossas mentes e corações para todo o sempre. Então comecemos com uma que conheci anos atrás e da qual sinto muitas saudades.




Joan Girard (Amber Tamblyn) é uma típica adolescente que se muda para o distrito de Arcádia, Los Angeles, com a família após um acidente de carro, que deixou seu irmão mais velho, Kevin, paraplégico. Toda sua família só quer se adaptar a uma nova vida e ter um futuro feliz. Em seu primeiro dia de aula Joan se depara com um garoto que a segui no ônibus, depois no caminho para a escola, quando o confronta perguntando quem ele é tem a simples resposta: “I’M GOD”.

Claro que como qualquer pessoa em sã consciência ela pensa ser só mais um louco como tantos nas ruas. Porém com o passar do tempo ele vai lhe convencendo do que diz e lhe dando “missões” a cumprir. Após o choque e apesar da religiosidade de Joan, Deus conta que ela é a escolhida para ajudá-lo. E quando duas adolescentes são encontradas assassinadas, Joan é designada por Deus a ajudar a resolver o caso de maneira discreta ao lado de seu pai.

JOAN OF ARCADIA é uma série da Sony que estreou no final de 2003 e logo em seu primeiro ano venceu o People’s Choice Award, como melhor nova série dramática. No melhor estilo Um toque de anjo, a série trazia ensinamentos humanos sem ter um caráter doutrinador, mostrando as dificuldades que qualquer família passa em seu dia a dia. O título da série faz um trocadilho com Joana D’Arc, a heroína francesa que também falava com Deus e não era levada a sério, sendo queimada na fogueira acusada de feitiçaria.

Entre várias situações que Joan vive pode-se destacar: A ida dela para o clube de xadrez da escola, a destruição de uma escultura feita por um amigo (para ajudá-lo), a falsificação de um comprovante de endereço para que uma amiga sem-teto possa se matricular na escola e outras, aparentemente sem sentido, seguindo as ordens do Senhor. Ma a série não vive só do drama. Logo no primeiro episódio tem uma das seqüências que mais curto, logo após ser confrontado por Joan sobre a veracidade de ser Deus e o pedido de fazer um milagre para comprovar, o garoto que se mostra para ela aponta para uma árvore: “Sim é uma arvore, onde está o milagre?”pergunta Joan, e logo ele responde, “Tente fazer uma”.

A Personificação divina nesta série também é muito interessante, sempre aparecendo de uma forma diferente, Em um minuto, Deus aparece na forma de um garoto da idade dela, e no dia seguinte Ele é a mulher da cantina da escola, depois um branquelo punk, e por ai vai.

O elenco conta com o conhecido Joe Mantegna como Will Girardi, além de Mary Steenburgen, a mãe Helen Girardi; Michael Welch no papel do nerd Luke Girardi e Jason Ritter, sentado na foto, como Kevin Girardi. Além de um elenco de apoio muito bom, a sua amiga Grace (Becky Wahlstrom) e seu namorado Adam (Christopher Marquette), A série foi cancelada na sua segunda temporada deixando uma legião de fãs órfãos, na qual me incluo, ainda não se tem noticia de DVD’s em português com as temporadas, infelizmente.

INICIO DE SPOILER

No oitavo episodio da segunda temporada (Friday Night) temos uma das histórias mais fortes que já vi em um seriado. No episodio em questão Judith, amiga que Joan fez no verão anterior, a obriga a sair com Adam para um jantar romântico, enquanto ela vai fazer um roubo que culmina em um tiroteio e em sua morte. Emoção, amizade verdadeira e lição de vida são passadas nesse episodio. O seu final com Deus fazendo malabarismo com bolas e dizendo a Joan que a vida era como o malabarismo: “Uma bola de cada vez, sem deixar elas caírem”, é de arrepiar, ainda mais com a bela trilha sonora de fundo.

Também é muito bom o último episódio da primeira temporada, quando Joan tem um colapso nervoso, tendo até visto alguém muito parecido com o demônio, e é diagnosticada com um vírus raro que causava alucinações e comportamento estranho. Logo, ela passa a questionar tudo que viu durante todo o ano (e nós também). A cena em que ela está no hospital e todas as versões de Deus estão no quarto com ela é muito peculiar.

FIM DE SPOILER

Curiosidades:

O pai de Amber já fez Deus em um episódio aonde Joan vai até um show dos White Stripes, engraçado é ver Deus dizendo que “Jack e Meg White (dos White Stripes) não têm nada de irmãos”.

O ator Wentworth Miller, o Michael Scofield de Prison Break, participa dos últimos episódios da serie como um personagem que também pode falar com Deus chamado Ryan Hunter, mas ao contrário de Joan ele prefere o lado negro da força. Seria o vilão da terceira temporada se a série não tivesse sido cancelada.

Atriz Sprague Grayden (Judith) também participou da série John Doe, como ajudante do personagem que dá nome a série, onde acabou sendo morta.

Amber Tamblyn está no elenco de O Grito 2, e já fez pontas entre outras séries em Buffy e CSI Miami.

Deixo vocês um video com imagens da série e a trilha sonora e outro sobre a cena emocionante que falei logo acima:

JOAN OF ARCADIA:



MORTE DE JUDITH:

Boas Noites e Bons Dias para vocês!

10 comentários:

Rafael Rodrigues disse...

A premissa da série era bem interessante mesmo...

Parabéns pela matéria, Star!

Anônimo disse...

Huuuummm... nunca me interessei por esta série (da Sony só assisto a Desperate Housewives e Ghost Whisperer), mas depois da matéria e dos vídeos fiquei com um gostinho de "quero mais" na boca.

Vou fuçar por ai e ver se arrumo mais material para ver.

Valeu, Star!

Anônimo disse...

Acesso ao YOUTUBE? Cade vocêêêêêê?

Continuo sem poder ver vídeos, mas a matéria ta bem legal, confesso que desconhecia completamente a existência da série.

Mas diz ae Star, teve algum daqueles fechamentos mais ou menos no final da segunda temporada, que costumam fazer qdo não se tem certeza se vai renovar ou não, ou com o cancelamento a estória ficou no ar mesmo?

Eu acho uma puta sacanagem qdo fica no ar, esses viados deveriam sempre obrigatóriamente fazer ao menos mais um episódio de qualquer série quando não renova, pra dar um fechamento qq para os fâns.

Anônimo disse...

E respondendo sua pergunta do título da mantéria com mais uma pergunta...

"E se Deus fosse um de nós?"

Ok, ok, eu tirei essa daquela música foda da Joan Osborne sim, e daí?

Anônimo disse...

Valeu Algures e Marianne, e Freud piro que nem teve um encerramento mesmo, por que no final da segunda temporada foi revelado que o cara de Prison Break seria um tipod e antitese dela provavelmente na terceira temporada, e só depois que gravaram o episodio final foi que disseram que seria cancelada a série. Ai já viu, não tinha como refazer o episodio e nem fazer outro...

Bom mesmo é série com fãs fortes como Jericho, que depois de ser anunciado o cancelamento teve tanto protesto e alarde que a produtora foi "obrigada" a fazer uma segunda temporada para encerrar a série descentemente. Pena nem todas serem assim.

Anônimo disse...

Parabéns Star....fiquei com vontade de assistir isso aí...vou dar uma "Googlada" (nossa, inventei uma palavra) pra ver se acho...

Anônimo disse...

em 2003 eu ainda era um pivetinho que tomava leite de pera com ovomaltine (nao que eu ainda nao seja... ou que eu ainda seja... ou que eu ja fui...) e nao me interesava por seriados. só agora comecei a me interesar com esse tipo de coisa

Rafael Rodrigues disse...

O final da primeira temporada é que era foda. Pra mim aquele poderia ser muito bem o final da série...

Anônimo disse...

Concordo Algures, ali fechava com chave de ouro deixando a dúvida se deve-se acreditar no que a ciência diz ou se ter fé!

Anônimo disse...

Blz então se eu topar com alguma reprise dessa série (é, eu sei o quanto isso é improvável) eu verei só a primeira temporada e ignoro a existência de uma segunda. :)