quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sala de Star

O BOM E VELHO GIBI!
Por Starman

Lendo um texto sobre Astro City, me apercebi como esta em moda releituras, homenagens e afins no mundo dos quadrinhos. E para mim isso não é algo ruim, só se for feito por Rob Liefeld, pelo contrario, quando escrito com qualidade, sagazidade e dinamismo mostra o quanto de coisa boa o passado nos trouxe e a geração “sangue e porrada na madrugada” forçou as editoras a esquecerem.

Os Spawns, Wolverines, Cables e Justiceiros da vida lotaram as bancas com bad boys armados até os dentes e sem medo de matar, não sou contra eles (afinal quem não gosta de uma boa história sanguinolenta), porém, em excesso e contaminando como um vírus tecnorgânico os outros personagens (Batman-Azrael, alguém lembra?) faz um mal incrível a mente humana. Os anos noventa jogaram tudo isso na cara dos leitores, abusaram da boa vontade dos fãs e lucraram muito com uma nova geração de jogadores de vídeo-game. Então chegou o século vinte e um e parece que as editoras e autores (menos o Jeph Loeb claro!) se tocaram da importância de manter a base dos personagens que tanto promovem, mesmo dentro do caos editorial e comercial do processo de venda de revistas (onde história é a última coisa privilegiada).

Eu não vivi essa tão dita gloriosa Era Dourada, mas pelo que já li sobre, os comentários de quem viveu e as referências atuais em revistas, me passam a idéia de que naquele tempo as histórias eram mais divertidas de se ler, por serem mais descompromissadas com cronologias e interligações. Particularmente gosto de histórias assim, fechadas, mesmo sendo em arcos pequenos, as vezes penso que se os personagens não “vivessem” no mesmo universo até ajudaria, imaginem um universo onde só existissem os X-Men e realmente fossem odiados por todos (visto que é meio ilógico as pessoas adorarem os Vingadores e menosprezarem os mutunas), assim como se o Superman fosse o único herói de um planeta inteiro. No mínimo – e por um tempo limitado talvez – as liberdades de criação de roteiros seriam maiores, eu se fosse criar uma linha de personagens faria esse multiverso (coisa que a DC não faz pela necessidade de história com cruzamento de seus heróis, o que ocasionou no passado a Crise nas Infinitas Terras.).

Planetary, Justiça, Astro City, Supremo, todas essas séries primam pela volta à antiguidade da banda desenhada, quando se produzia muito, se vendia muito também e se divertia mais ainda pelo jeito. Confesso que essas novidades editorias dos irmãos vermelhos e azuis americanos*- referência a Marvel vs. DC onde as duas editoras eram representadas como dois irmãos de cores diferentes viventes no continuum espaço cósmico – uma verdadeira síndrome de Caim e Abel – como socos de realidade e conspirações alienígenas me abateram a vontade de seguir colecionando o mundo dos super-heróis, principalmente a parte periódica, pois as tais minisséries e especiais ainda dão um caldo bom de vez enquando. Acho que o efeito seletivo da idade começa a chegar e a euforia colecionavél, típica da adolescência que colocou e coloca os bad boys em evidência – singrou espaço cósmico afora. Talvez ir até a fronteira final (Vertigos, europeus e mangás da vida) seja o caminho mais certo tanto pela diversão como pela economia, visto que moramos em um país não muito ajeitado financeiramente, para isso ainda bem existem as Pixels e Devirs da vida, e as vezes uma dose de Panini também.

9 comentários:

Romenique Zedeck disse...

Pre me ro

Romenique Zedeck disse...

Cara, Venha para o Lado vertigo/Wildstorm da força...Não me arrependi de nada que eu comprei...Comprei Preacher, Invisiveis, Planetary tudo sem saber nada da historia, sem saber a opnião de outros..>E não me arrependo. ja mangá, é um outro universo...eu adoro, pois comecei nos quadrinhos através deles, mas se vc ja acostumou com marvel e dc, é melhor procurar a opnião de outros antes de se aventurar a comprar um mangá

;)

Anônimo disse...

É Star, eu considero as "Guerras Secretas" a maior praga que já atingiu as HQs.

Posso estar enganado mas acho que foi o primeiro desses "grandes eventos" malditos que assolam as HQs hoje em dia. São raros os que prestam.

Como eu já li hj em outro site (no MDM, pourra), precisamos mais de boas histórias do que de cronologia.

Anônimo disse...

Vai Star, se solta, conta tudo pra sua mãe


VIVA LA REVOLUCION!

Rafael Rodrigues disse...

Freud, Guerras Secretas foi realmente o primeiro, mas por pouco, um mês depois viria a crise nas infinitas terras original.

Bom texto, pra mim essa volta às origens é ótimo, odeio a moda "grim n' gritty" (personagens mau encarados, sombrios e fodões) que surgiu depois de O Cavaleiro das Trevas, prefiro a personificação do herói clássico...

Anônimo disse...

Ah... realmente não há nada como uma boa e simples história, ao invés de sopapos e tiros para todos os lados.
Talvez por ter crescido lendo a Era do Satélite da Liga - naquele clima despretensioso de camaradagem que o Johns tenta imprimir nesta nova Liga e o Dini ou Ross, vira e mexe, retratam - essas mega crises de invasões e realidades alteradas não tem o mesmo sabor de aventura que os quadrinhos de antigamente...

Anônimo disse...

Quando era bem pivetinho e comecei a comprar HQs (isso no entre 1995-98) eu "lia" um gibi em 10 ou 15 minutos... era porrada, porrada, tiros, fala, porrada, porrada...ae eu terminava e ficava meio que "já acabou?"

Ae quando eu li V de Vingança, Preacher e outras obras... fiquei satisfeitíssimo: texto, ação... até filosofia. Era tudo. Por isso leio, releio, e leio de novo.

E agora o Loeb com o Hulk Vermelho? Puta merda...

Romenique Zedeck disse...

Disse tudo Psicopata...mas eu só descobri Essa linha de gibis um ano atras graças a Pin!

Anônimo disse...

uia....
graças a mim!!
hahahahaha

amoooooooo o bome velho gibi!! gasto grana e mais grana com eles td mes!!

e recomendo diversos.... =)